Histórias baseadas em fatos reais

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

UMA CARTA, UMA PAIXÃO



Ontem, 20 de novembro de 2014, minha filha, Amanda Melo Silveira, também sócia torcedora do CRUZEIRO, APAIXONADA, completou 32. Eu, APAIXONADA desde os 8 anos (hoje, 59) e ela, junto a dois atleticanos, tivemos de ouvir gatos e sapatos, quando assistíamos ao jogo  do Cruzeiro x Grêmio, durante o primeiro tempo. Sofremos, mas não nos separamos nem um segundo, numa união de forças mental e emocional! Braços cruzados, dedos cruzados, chutamos, cabeceamos, andamos de um lado para outro, levantamo-nos e nos sentamos centenas de vezes. Em tempo algum desistimos. No gol de empate, pelo brilhante Ricardo Goulart, nos abraçamos, pulamos. Gritar, somente ela, pois fiz uma cirurgia no lábio superior há menos de dez dias. Era o começo de uma alegria infinda. Continuamos ouvindo os atleticanos (meu esposo e uma amiga  de Amanda), sem retrucar. Nosso FOCO era outro, e não demorou muito, comemorávamos a virada, após o belíssimo gol do Éverton Ribeiro. Abraçadas, gritei (sem poder): este é o presente que queria que você ganhasse!
Ontem, 20 de novembro de 2014, minha filha, Amanda Melo Silveira, também sócia torcedora do CRUZEIRO, APAIXONADA, completou 32. Eu, APAIXONADA desde os 8 anos (hoje, 59) e ela, junto a dois atleticanos, tivemos de ouvir gatos e sapatos, quando assistíamos ao jogo  do Cruzeiro x Grêmio, durante o primeiro tempo. Sofremos, mas não nos separamos nem um segundo, numa união de forças mental e emocional! Braços cruzados, dedos cruzados, chutamos, cabeceamos, andamos de um lado para outro, levantamo-nos e nos sentamos centenas de vezes. Em tempo algum desistimos. No gol de empate, pelo brilhante Ricardo Goulart, nos abraçamos, pulamos. Gritar, somente ela, pois fiz uma cirurgia no lábio superior há menos de dez dias. Era o começo de uma alegria infinda. Continuamos ouvindo os atleticanos (meu esposo e uma amiga  de Amanda), sem retrucar. Nosso FOCO era outro, e não demorou muito, comemorávamos a virada, após o belíssimo gol do Éverton Ribeiro. Abraçadas, gritei (sem poder): este é o presente que queria que você ganhasse!
Foi um dos jogos mais emocionantes que assistimos. Ver a MUDANÇA DE ATITUDE, a  SUPERAÇÃO  do nosso time do CORAÇÃO, foi indescritível!
Perante tudo isso, gostaria muito de enviar uma mensagem, antes, de PARABÉNS, desde nosso Presidente, Sr. Gilvan, toda a equipe técnica, TODOS os jogadores, até o roupeiro do CRUZEIRO ESPORTE CLUBE, por uma vitória de especial importância.
Assim, gostaria de enviar outra mensagem:
UMA VITÓRIA SE FAZ COM MUITO ESFORÇO, VONTADE, EQUILÍBRIO. GANHAR MAIS UM TROFÉU, para o que estamos ao rumo, dependendo apenas de NÓS (A CAMISA 12 TAMBÉM), é preciso a mesma ATITUDE tomada pela EQUIPE durante o segundo tempo do último jogo. UMA VITÓRIA MAIS QUE ESPECIAL, pois, garantido o TETRA CAMPEONATO, antecipadamente, repetindo o feito do ano passado, ESTAREMOS COM MAIS FORÇA E ENTUSIASMO para enfrentarmos nosso arquirrival na próxima  quarta-feira. Enquanto “eles” dizem: Eu acredito, nos gritamos: NÓS TEMOS CERTEZA!
Na vida, talvez não consigamos tudo que sonhamos e desejamos. Porém, TUDO É POSSÍVEL quando estamos convictos da GRANDEZA DE UM TIME, que conseguiu SUPERAR o cansaço, as pressões psicológicas, os desfalques, os tropeços naturais de TODO GIGANTE!
É colocar o CORAÇÃO na ponta das chuteiras e a RAZÃO, o EQUILÍBRIO E A SEGURANÇA em cada jogada, em cada passe. Olhar em volta para encontrar os companheiros mais disponíveis para uma arrancada, é aproveitar as arrancadas de um jogador, e os outros irem junto dele, é evitar os chutões, a não ser a fim de afastar o perigo próximo à grande área, com mais eficácia que brilhantismo, sem perdermos a TÉCNICA, é colocar a bola no chão, envolver o adversário e, PRINCIPALMENTE, fazermos o que transforma uma partida em vitória: GOLS! Mesmo com 30 pontos na boca, estarei, junto à minha filha e amigas, no setor roxo, gritando: 

sexta-feira, 19 de março de 2010

COERÊNCIA



Por que não fazermos uma análise sobre nossos sentimentos, pensamentos e atitudes? Se estão COERENTES com tudo o que aprendemos com nossos Ídolos religiosos, embora tenhamos consciência (creio eu) que ALTRUÍSMO, COMPREENSÃO, DISPONIBILIDADE AUTÊNTICA AO PERDÃO e, ainda que engatinhante, O AMOR VERDADEIRO, não dependem diretamente de seitas religiosas. Esses valores dependem muito mais do grau avançado ou não de nossa ESPIRITUALIDADE.

Será que seguimos a Lei Maior do Cristo: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”?

Será que essa Lei está apenas no nosso intelecto?

Será que nossa consciência Cristã nos perdoa e também aos outros?

Será que as Leis que regem a conduta moral/espiritual de outras seitas/religiões, que nos leva, tão sabiamente, a respeitar com ardor a natureza, os animais, enfim, a tudo sobre a Terra , nos pede também as mesmas ações para com o nosso semelhante?

Será que, ao invés de esperarmos a mudança do OUTRO, não deveríamos promover A NOSSA RENOVAÇÃO em todos os sentidos?

De que valem todos os nossos conhecimentos doutrinários/religiosos, se ainda estamos voltados ao nosso mundo íntimo com relação aos que nos rodeiam?

Que conduta é essa que nos faz crer que nossas ações, pensamentos e ideais são os verdadeiros, únicos e que devem preponderar aos dos outros?

Creio que precisamos TODOS nos reavaliarmos a caminhada aqui na Terra, se já sabemos que ESTA EXISTÊNCIA é TRANSITÓRIA e de que somos ESPÍRITOS em evolução, apenas de passagem no mundo.

Creio que todos nós saibamos, conscientemente, que somos e seremos RESPONSABILIZADOS por todos os atos que tomarmos relacionados à vida e a de TODOS OS SERES.

Creio que, conhecedores de sermos espíritos vestidos de carne, TODOS estamos sujeitos à Lei de Ação e Reação – Universal, física e Meta-física – temos no mínimo a noção de que, cedo ou tarde, será a NOSSA própria CONSCIÊNCIA o veículo de “cobrança” do que fizermos ou deixarmos de fazer de realmente nobre, que não tenha sido ligado egocentrismo.

Todos esses conhecimentos nos torna muito mais responsáveis por nosso comportamento.

Já criticamos, julgamos e até condenamos por demais, até a nós mesmos!

Todo excesso nos traz algum tipo de rigidez, que pode nos conduzir à inflexibilidade, a determos nossos olhos apenas no que nós é conveniente. Até o que chamamos de AMOR, se exacerbado, pode anular a vida de quem supostamente AMAMOS.

Quando é que teremos olhares que vejam o OUTRO com os OLHOS DELE?

Quando é que teremos a CORAGEM de assumirmos nossas falhas perante a vida COMO UM TODO?

Quando é que teremos a HUMILDADE de reconhecermos estar no mesmo barco e que PRECISAMOS UNS DOS OUTROS?

De nada adianta irmos a reuniões, igrejas, cultos, se não nos dispusermos sincera e francamente a nos postarmos coerentes com o que aprendemos. Saímos dos nossos grupos religiosos com nossas almas acalentadas pelos belos ensinamentos pregados, e, não obstante os aprendizados, à primeira atitude que venha a nos contrariar, não nos hesitamos em nos projetarmos DESRESPEITOSOS e até AGRESSIVOS ao nosso OPOSITOR. Mesmo aqueles que não costumam freqüentar tais estudos, tem registrados na alma tudo aquilo que é inerente ao crescimento espiritual, sendo, portanto, da mesma forma responsáveis pelo que faz da própria vida e pelo que faz ou deixa de fazer pela vida dos outros. Estou repetindo, mas não deve ser por acaso...

Sabemos, contudo, que não somos santos, monges, sacerdotes ou entidades dessa natureza. Temos nossas arestas, nossas dificuldades e limites íntimos, os quais muitas vezes nos ofusca a visão, tornando-nos cegos ao olharmos para dentro e para fora de nós mesmos.

De qualquer forma, temos embutidos em nosso EU SUPERIOR o compromisso em avançarmos adiante e não em ficarmos estagnados em nossas conjecturas, tendo como argumento todas as nossas fragilidades!

Gostaria que todos nós parássemos por alguns momentos, voltássemos para dentro de nós e repensássemos tudo isso, com cautela e serenidade, no afã de conseguirmos a superação do nosso EGO, que ainda persiste em sobrepujar o EU ILUMINADO que habita nossos seres.

A harmonia na Terra só passará a existir quando estivermos em PAZ conosco. É o ESFORÇO individual em desenvolvermos nossa ESPIRITUALIDADE que fará resplandecer o EQUILÍBRIO, que nos ajudará a resgatar o RESPEITO, o AMOR e a CARIDADE por tudo que existe sobre a face da Terra!

Agora, tudo isso será apenas uma retórica se não colocarmos em prática a luz que paira em nossos espíritos, e quê, se não dermos um primeiro passo à frente, para nos libertamos do NOSSO ORGULHO E EGOÍSMO, estas palavras (e sentimentos) navegarão para o infinito apenas...

Eliane A. Silveira

Para um Mundo Melhor


Acredito piamente que o Mundo de Amanhã, que começou há décadas, haverá AMIGOS VERDADEIROS. Não aqueles companheiros de época, tão transitórios como a própria vida. Sinto que poderemos viver sem quintais embandeirados, dormirmos despreocupados, sem trinco nas portas e com as janelas, inclusive da alma, escancaradas, permitindo o ar fresco da noite invadir nossos sonhos. Não duvido na superação do homem por si só. E continuarei com meu desafio de mostrar ao Mundo de Hoje que este será o grande responsável pelo Meu Mundo e de todos nós. Por isso, ponho os pés na estrada e começo o meu traçado.

Abraços a todos!

Eliane Aparecida Silveira

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tu És Luz



És uma chama que cisma ser breu.
Em meio às trevas, cospes no pavio.
Como clarear a vida por um fio?
Teu livre arbítrio que assim escolheu.

Perambulas noite sem estrelas,
No incauto de efêmeros brilhos.
De que valem plumas e vidrilhos,
Se fantasias não merecê-las?

Corre! O tempo não espera tanto.
Quem te vela derramará pranto,
Por te ver em enferrujados grilhões.

Lembra-te: todo brilho é essência
Imanente à tua bela existência.
A sombra é fruto de tuas criações.

Eliane Aparecida Silveira

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DUAS AMIGAS


Helena e Cláudia trabalham na mesma empresa, em setores diferentes. Todos os dias as duas se encontram e vão para o apartamento que dividem. São amigas de longa data, vindas do interior de Minas Gerais, em busca de trabalho e de estudo, na cidade de Belo Horizonte.

Todas as sextas-feiras, ambas se aprontam para, depois do serviço, partirem rumo as baladas. Helena, depois de renovar sua maquiagem, ajeitar cabelo e vestes, vai buscar Cláudia, que sempre se adianta e aguarda a amiga. A primeira compartilha com a outra as ocorrências do dia e, logo após, pára frente a Cláudia, corre os olhos, de cima a baixo, na amiga:

__ Nossa! Você está ótima! A não ser o seu cabelo... menina, você precisa dar um jeito nele, porque está muito ruim! desse jeito você não consegue arrumar companheiro!

Cláudia, pálida feito cera, engole seco, põe a bolsa sobre a mesa e, com muita dificuldade fala:

__ Olha, se você tivesse dito a respeito de minha roupa, meus sapatos, minhas bijoterias, eu te diria que posso mudá-los. Porém, com relação aos meus cabelos, eu sinto muito, pois são os que eu tenho.

__ Você sabe que eu sou sua amiga, e ainda acredito que, se der um bom trato em seus cabelos, eles podem melhorar, quem sabe?!

__ Acredito na sua amizade, mas isso te dá o direito de expor suas verdades da maneira como o fez?

Helena, tez feito fogo, aponta o dedo indicador para a amiga, aproximando-se dela e diz:

__ Não tenho papas na língua! Sempre falo o que penso, doa a quem doer. Agora tenho que medir minhas palavras para me dirigir a senhorita?...

Cláudia sente as pernas tremulas, segurando as lágrimas ainda no seu coração. Vai até a porta, volta os olhos para Helena:

__ Dependendo da maneira como se colocam verdades, a gente pode construir ou derrubar montanhas. Caí. Doeu. Mas tudo farei para me levantar, amiga. Pode ter certeza disso...

Por alguns minutos, o silêncio impera na sala. A memória de Helena cutuca-lhe os sentimentos, trazendo lembranças das críticas sinceras, mas em tom amoroso, que sua amiga lhe fizera. Imediatamente, posta-se frente a Cláudia, mirando-lhe os olhos, com os seus a nadar em lágrimas.

__ Vamos esquecer tudo isso? Você me perdoa?

__ Embora não tenha como deletar um fato já registrado, Helena, posso não me apegar a ele, e fazer dele um aprendizado. Espero que você faça o mesmo.

__ Então você não vai me perdoar?

__ Amigas não se perdoam.

Helena, sempre inabalável, deixa as lágrimas beijarem seu rosto.

Cláudia, com mãos delicadas, mas firmes, enxuga as lágrimas da amiga.

__ Amigas não se perdoam. Amam-se...